domingo, 31 de março de 2013

Na nossa grafonola

Na grafonola da Chuva de Papel está sempre a girar algum disco. Discos de todos os tamanhos e medidas, porque as crianças também gostam da música dos crescidos. E de músicas de gente grande feita especialmente para gente pequena  como esta canção da Adriana Calcanhoto. A letra é também uma delícia, sugerindo que, por mais diferenças que nós, seres humanos, tenhamos, somos, lá no fundo, muito parecidos:
 
"Saiba!
Todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
E também eu e você"
 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Como se bonecas crescessem no nosso jardim...

Astrid Lindgren é mais conhecida por ser a autora da Pippi das Meias Altas. Mas a história da "menina mais forte do mundo" é apenas a ponta do iceberg de uma vasta obra de literatura infantil. É o que acontece com o conto "Mirabelle", um dos livros mais encantadores do nosso cantinho de leitura. Editado pela R & S Books, conta também com uma importante mais-valia: as ilustrações de Pija Lindenbaum. Deixamos aqui um excerto: "Certa manhã, quando, como de costume, saí para regar, vi que alguma coisa encarnada estava a nascer do chão. Todos os dias aquela coisa encarnada ficava maior e maior, até que consegui finalmente perceber o que era. Queres saber? Era o chapéu encarnado de uma boneca. E o chapéu de boneca estava ligado a uma boneca. Sim, era uma boneca a crescer no meu jardim.".
Não poderíamos formular melhor um dos propósitos da Chuva de Papel: criar um espaço de deslumbramento com o mundo, como se bonecas crescessem no nosso jardim...

quinta-feira, 28 de março de 2013

Ao redor da mesa grande

"Ao redor da mesa grande" sentamo-nos também, ouvindo atentamente o que Teresa Vasconcelos nos tem a dizer sobre a prática educativa de Ana - uma Educadora de Infância de excelência.
Não é o invulgar que atrai Ana, mas sim o quotidiano e os seus rituais - a magia dos gestos que se repetem sempre novos. As rotinas do cuidado não são um intervalo na ação educativa: são a própria ação educativa, o espaço por excelência para a troca de aprendizagens e afetos. Ser cuidado é sobretudo aprender a cuidar (dos outros e também de nós próprios) e este é talvez o eixo fundamental da educação. Pôr a mesa do lanche é, afinal, tudo: aprender a fazê-lo em equipa (negociando, partilhando, revezando), desenvolvendo também a matemática do quotidiano (somar as maçãs do lanche é uma outra forma de aprender a dar, dividir as maçãs do lanche é uma outra maneira de aprender a partilhar).
Para Ana não lhe interessa a escola-instituição: séria, académica, grande, profissional, distante e demais circunspetos adjetivos. A escola de Ana é bem diferente: familiar e confortável, um espaço acolhedor onde todos se sentem como em casa. Um segundo lar, afinal.
E nós vamos voltando sempre a este livro (editado pela Porto Editora) e, de cada vez que o abrimos, sabemos sempre que algo de especial vai voltar a acontecer...

quarta-feira, 27 de março de 2013

Espreitem...

... a curta metragem "Migrando" da autora e ilustradora argentina Mariana Chiesa Mateos. Mais tarde, a editora Orfeu Negro transformou-a também em livro infantil. Duas obras que contam às crianças a aventura difícil da emigração; entre a dor da partida e a saudade da chegada...
 

terça-feira, 26 de março de 2013

Os meninos do mar

A Chuva de Papel tem três novos amigos: o Goldfish, o peixe Pedro e o Pantagruel.  Vieram à boleia de um saco cheio de água e, logo que chegaram, mergulharam contentes na nova casa. Adoram nadar, comer e ouvir contar histórias. O seu livro favorito é  "A Menina do Mar" da Sophia de Mello Breyner. Sempre com a boca a abrir e a fechar, escutam atentamente: "Há florestas de algas, jardins de anémonas, prados de conchas. Há cavalos marinhos  suspensos na água com um ar espantado, como pontos de interrogação. Há flores que parecem animais e animais que parecem flores..."

segunda-feira, 25 de março de 2013

"Os amigos"


Os nossos livros não gostam de apanhar pó nas prateleiras. Preferem ir para o cantinho da leitura ou viajar para casa dos meninos. São "Os Amigos" como este do Gonçalo M. Tavares com ilustrações de Rachel Caiano. Traçam um Caminho ou não fora esse o nome da Editora. Este nosso amigo começa assim: "O senhor Valéry era pequenino, mas dava muitos saltos.  Ele explicava: - Sou igual às pessoas altas só que por menos tempo..."

domingo, 24 de março de 2013

À entrada da nossa escola cresce uma árvore. Pássaros a voar, folhas espalhadas, raízes a estalarem o chão. Chuva de Papel, uma escola diferente...

sábado, 23 de março de 2013

O espaço escolar enquanto terceiro professor

Espreitem esta entrada do blog de Darla Meyers (Educadora de Infância americana) e vejam a "sua" sala de atividades. É um espaço rico e diversificado - repleto de materiais orgânicos como troncos, pedras e  plantas - que permite inúmeras oportunidades de exploração e que é pensado para o conforto.
Retemos, também, outra das suas ideias: "Descobri que as crianças (quando constroem alguns dos materiais para a sala), para além de fazerem coisas mais agradáveis ao nosso olhar do que qualquer coisa que se compre, desenvolvem um sentimento de pertença sobre o seu espaço e sentem orgulho por o terem ajudado a construir."

Inquiring Minds: Mrs. Myers' Kindergarten: Our Room: An Environment Created for Investigating...: I have worked very hard to create an environment that  beckons kids to explore.  I love the Reggio Emilia philosophy of the environment...

sexta-feira, 22 de março de 2013

Livros que nos inspiram


Já há muito que faltava este empreendimento. Chegou por fim. António Nóvoa, Francisco Marcelino e Jorge Ramos do Ó arregaçaram as mangas e compilaram num único livro os principais textos escritos por Sérgio Niza desde que ajudou a criar o Movimento da Escola Moderna em 1966. Chama-se "Sérgio Niza: Escritos sobre Educação" e é editado pela Tinta da China. Um livro que nos inspira, especialmente no que respeita à ideia de que a democracia escolar não se ensina, pratica-se. Um livro a não perder.
Já há muito que faltava este empreendimento. Chegou por fim. António Nóvoa, Francisco Marcelino e Jorge Ramos do Ó arregaçaram as mangas e compilaram num único livro os principais textos escritos por Sérgio Niza desde que ajudou a criar o Movimento da Escola Moderna em 1966. Chama-se "Sérgio Niza: Escritos sobre Educação" e é editado pela Tinta da China. Um livro que nos inspira, especialmente no que respeita à ideia de que a democracia escolar não se ensina, pratica-se. Um livro a não perder.

 





Lembram-se?

Nada como nos lembrarmos das canções da nossa infância para repetir a magia. Aqui fica o genérico d´"A árvore dos Patafúrdios" cantado pelo Sérgio Godinho:

"Diz-me tu diz-me lá
quantas árvores há
no chão deste jardim
no chão do mundo inteiro diz lá
quantas árvores há

Umas com ramos a menos
outras com ramos a mais
Se são todas diferentes no fundo são todas iguais
quantas árvores há!"

A nossa biblioteca

Os livros não são uma coisa qualquer. São apenas a melhor coisa que existe no mundo. Por isso temos todo o cuidado nas escolhas para a nossa biblioteca. As "Histórias pequenas de bichos pequenos" do Álvaro Magalhães tinham que lá estar. Aqui fica um excerto para aguçar o apetite:

"Era uma vez outro escaravelho que eu encontrei a seguir.
- Bom dia, escaravelho!
Então é que ele ficou arreliado. Olhou-me bem de frente e disse:
- Fique sabendo, caro senhor, que o meu nome é Alfredo.
Depois, virou-me as costas com o maior desprezo e foi-se embora. Os escaravelhos são assim."

Dia do Pai


A pintura que fizemos no dia do Pai. Picasso tem razão:"Todas as crianças nascem artistas. O problema é permanecer artista quando se cresce."